quarta-feira, 26 de maio de 2010

PEC-300 - ULTIMAS NOTÍCIAS

Reunião termina em bate boca entre Temer e Assumção

O presidente da Câmara Michel Temer (PMDB-SP) e o deputado Capitão Assumção (PSB-ES) se estranharam nesta tarde durante uma reunião de líderes. O twitter foi o motivo da desavença. Enquanto a viabilidade de votação da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que fixa piso salarial para policias e bombeiros era discutida, Assumção “twittava” o que os colegas diziam. Ao perceber a situação, Temer, segundo os presentes, bateu boca com o deputado e deu a reunião por encerrada.

“Não é possível gravar ou transmitir uma reunião de líderes. Fui obrigado a interromper em dois momentos”, disse Temer. “Pode levar o celular, mas ter a delicadeza de não gravar. Isso [de gravar reunião] é coisa de araponga”, completou.

Deputados que participaram do evento disseram que Temer ficou muito irritado com os posts de Assunção. Disseram ainda que os dois bateram boca e o presidente teria chamado Assumção de um “novato” sem condição de participar de uma reunião de líderes.

Em seu twitter, Assumção disse que “Temer, sepultando a PEC, quer criar 1 comissão” e que “nós já sabemos para que serve comissão”. Ele ainda reclamou de ser repreendido pelo presidente sobre o uso do twitter e também por ter tentado gravar a reunião.

“Acabei de ser admoestado pelo presidente Michel Temer para não gravar a reunião de líderes”. “Não poder filmar é o cúmulo do absurdo”. “É muita hipocrisia. Por favor, me digam: estamos na democracia?”. “Outra admoestacao (sic) para, agora, parar de twitar. onde vamos parar?”.

Apesar da “admoestação”, Assumção seguiu twittando a reunião. Publicou um post sobre o líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT-SP): “Vaccarezza diz que todos sabem a posição dele. Segundo ele, não pode ter piso na constituição federal”.

Twittou ainda que “o resumo da opera é que o governo está tentando sepultar a PEC 300”.

Após a reunião Assumção deixou a sala e foi a um encontro com policiais que estão na Câmara pressionando os deputados para a aprovação da PEC 300.

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segunda-feira, 24 de maio de 2010

20/05/10 – Vitória: PEC 446 retorno à pauta da Câmara. Greve continua nos estados

A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 446/09, que cria o Piso Salarial Nacional, voltou a ser incluído na pauta do plenário da Câmara, ontem, e quase foi votado em sessão extraordinária. A matéria que havia sido retirada da Ordem do Dia em função de um acordo de lideranças, só retornou graças à mobilização dos policiais civis nos estados, que ontem atenderam a convocação da Cobrapol e aderiram à greve nacional, e ao trabalho de sensibilização dos parlamentares, desenvolvido pela Confederação em conjunto com a Frente Parlamentar em Defesa dos Policiais Militares, o qual reuniu 321 assinaturas de deputados em requerimento para a votação da PEC 446/09.

Na avaliação do presidente da Cobrapol, Jânio Bosco Gandra, o retorno da PEC à pauta da Câmara é positivo, mas é necessário garantir que a matéria seja votada e aprovada para que se consolide a vitória da categoria. Foi por isso que ontem, ao perceber uma manobra do governo para evitar a votação, os policiais civis e militares que acompanhavam a sessão cantaram o hino nacional em repúdio à tentativa do governo de prejudicar a votação da PEC. O protesto foi feito minutos antes de a sessão extraordinária ser encerrada, por volta de meia noite. Cerca de 700 policiais, entre civis e militares, estavam no plenário nesse momento.

Na terça-feira, dia 25, a Cobrapol volta à Câmara para um novo trabalho de articulação junto aos parlamentares. A Confederação também preparou uma contraproposta para viabilizar a aprovação do Piso Salarial Nacional e que deve ser apresentada às lideranças da Casa. Na proposta alternativa dos policiais civis, a Confederação propõe a retirada do texto do valor do piso, o qual seria regulamentado em lei pelo Executivo num prazo de 60 a 90 dias. Enquanto a regulamentação do piso não fosse encaminhada, a Presidência da República editaria um decreto para a complementação do salário do policial no valor do piso.

Enquanto isso, a paralisação dos policiais civis nos estados permanece firme. Ontem, além do Acre, Alagoas, Amazonas, Bahia, Ceará, Goiás e Rio de Janeiro, o estado de Mato Grosso do Sul também aderiu à greve nacional. Santa Catarina faz a consulta a categoria hoje. A expectativa da Cobrapol é que mais 11 estados da federação ingressem no movimento até o início da semana que vem totalizando 15 estados da federação.

Por Giselle do Valle

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