segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Fuzil de assalto AK- 47 - Rússia

O fuzil AK-47 é uma das armas mais bem sucedidas e a de mais ampla utilização entre todos os tipos já produzidos de armas portáteis. Tanto ele como seu sucessor, o AKM, são utilizados em todo o mundo, por forças regulares e irregulares. Seu projeto é basicamente uma combinação de elementos já existentes em outros fuzis, principalmente o modelo alemão MP43/44 desenvolvido pelos alemães durante a Segunda Guerra Mundial, tendo sido aceito pelo Exército Vermelho em 1947, com cartuchos calibre 7,62 mm. Estava criado o famoso AK-47 (Automatov Kalashnikov) ainda hoje conhecido também pelo sobrenome de seu idealizador, Mikhail Kalashnikov. Precisão, segurança, facilidade de fabricação e manutenção, usinado em aço de alta qualidade com coronha e guarnição em madeira, além de grande resistência em combate, capaz de suportar as mais adversas condições de uso, tornaram-no o fuzil de assalto preferido de muitos exércitos e de guerrilheiros ao redor do mundo. Produzido em larga escala, inclusive sob licença em outros países onde surgiram diversas sub-variantes, estima-se que tenham sido fabricados mais de 40 milhões de exemplares. O AK-47 funciona a gás, sobre o cano traz um cilindro dotado de pistão, quando a bala é disparada uma pequena quantidade de gás do cartucho é automaticamente desviada por um orifício, forçando o pistão para trás. Em função disto, o cão da arma afasta-se da culatra, preparando-a para um novo tiro e o mesmo movimento ejeta o cartucho vazio. Acionada uma alavanca que possibilita ao soldado optar pelo tiro automático, o AK-47 permanecerá carregando, atirando, ejetando e recarregando sem parar, enquanto o dedo pressionar o gatilho. Idealizado para disparar 600 tiros por minuto, na prática alcança 90 tiros por minuto, pois seu carregador comporta 30 cartuchos.

Uma reformulação do projeto em 1959 levou ao surgimento do fuzil AKM, que externamente difere pouco de seu antecessor, mas traz modificações em seu mecanismo de funcionamento e utiliza materiais mais leves, tudo com o intuito de facilitar ainda mais a sua produção. A variante AKMS, com coronha dobrável, podendo ser equipada com visor infravermelho e lançador de granadas, foi adotada por unidades motorizadas e tropas aerotransportadas. Em 1978, baseado no êxito do fuzil M-16 americano, surgiu o AK-74, nova versão do AKM, de calibre 5,54 mm com carregador de plástico, uma arma mais leve, com menor repuxo, maior segurança e controle de tiro. Além disso, a velocidade do projétil, de 900 metros por segundo, lhe garante trajetória mais correta e maior força de impacto. O fuzil AK-47 e suas variações são fabricados em muitos países, como China, Polônia, Hungria, Coréia do Norte e Romênia, sem contar que serviu de base para projetos de outros fuzis muito semelhantes como o finlandês Valmet M62/M60 e o israelense Galil. Recentemente a Venezuela assinou um contrato de aquisição de 100.000 fuzis da versão AK-103, com possível instalação de uma fábrica da arma e de sua munição no país, gerando suspeitas de que futuramente esses fuzis possam ser vendidos aos diversos movimentos guerrilheiros do continente. Sua simplicidade de projeto e de manutenção, aliados à sua comprovada robustez e confiabilidade, tornaram o AK-47 o fuzil de assalto preferido de gerações de combatentes, garantindo sua utilização ainda por muitos anos.

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quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Morre o Grão Mestre Estadual do GOB-MS Gessírio Domingos Mendes

O Grande Oriente do Brasil em Mato Grosso do Sul está de luto. Está sendo velado nesta quarta-feira (29) no Palácio do GOB-MS, o Grão Mestre Estadual, Gessírio Domingos Mendes, que faleceu na noite de terça-feira.
Reprodução, GOMS

Gessírio Domingues Mendes: grão-mestre estadual do GOB-MS desde 2003

Na vida profana, o maçom era médico homeopata. Nascido em Tupã (SP), ele tinha 69 anos e lutava contra um câncer de pulmão. Obreiro na Aurora II, Gessírio ocupou vários cargos na administração da loja maçônica e estava à frente do Grande Oriente do Brasil de Mato Grosso do Sul desde 2003.

O Palácio do GOB-MS, fica na Rua São Félix, 789, no Jardim Vilas Boas, em Campo Grande.

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Editorial do Jornal O Estado MS - Segurança pública e defesa social


A sociedade vive sobressaltada diante da violência urbana. Por mais ações que se desenvolvam para reduzir os níveis de criminalidade, é perceptível o recrudescimento da violência. O mais preocupante é a diversificação do crime, onde a ousadia desafia a força e os serviços de inteligência dos organismos de segurança. Sabemos que a violência não é um problema conjuntural. Ela é resultado de uma estrutura onde se destacam os desníveis sociais e econômicos, problemas dos quais se derivam outras questões, incluindo a criminalidade e a delinquência juvenil.
Ao lado da banalização da violência, em que se pratica o crime por motivo fútil, como uma discussão no trânsito, a sociedade assiste a ameaças de guerra entre nações, também por razões inerentes aos seus interesses ou pelo seu estado de beligerância. O mundo globalizado nos convence que a segurança vai além da sua definição semântica, que implica em proteger a sociedade do crime, dos sinistros, dos acidentes e desastres. Mas, a segurança pública, como instituto da proteção do Estado, está sendo exigida cada vez, diante da diversidade dos crimes, em todos seus aspectos e modalidades.
A par da premissa maior da atividade de segurança pública, que é a sua perspectiva sistêmica, expressa na interação permanente dos diversos órgãos públicos e a sociedade civil organizada, na prestação de serviços e execução de atividades repressivas e preventivas, sintetizando a responsabilidade de todos, são necessárias intervenções sociais profundas, inclusive na formação do contingente policial. Isso no sentido de buscar estabelecer, aperfeiçoar e manter, conjunta e permanentemente, um sentimento coletivo de segurança.
Em Mato Grosso do Sul, o governo tem implementado medidas no sentido de combater a miséria e promover a cidadania, mantendo, por exemplo, as crianças na escola e fazendo com que algumas causas da violência sejam atacadas em sua raiz. É preciso seguir estruturando as polícias e modernizar o sistema de segurança pública, mas nada disso teria sentido se não buscar, também, a qualificação de recursos humanos e valorização do seu papel no contexto da proteção da sociedade. Agregar a defesa social às políticas de segurança pressupõe o convencimento de que a segurança pública deve estar associada a ações que previnam a violência no contexto da formação do cidadão, que precisa de educação e emprego.
É importante que, na concepção do dever de todos, sejam aperfeiçoadas as medidas no sentido de aproximar a polícia do cidadão. Essa é a filosofia que norteia a Polícia Militar, convencida de que a população precisa confiar na polícia que, por sua vez, precisa ter do Estado todo suporte e condições para a nobre missão que exige, fundamentalmente, respeito ao estado democrático de direito e às garantias constitucionais, individuais e coletivas.
Há que se comungar com essa filosofia, pois não há democracia digna deste nome enquanto restar um único indivíduo a quem for renegada a verdadeira cidadania. E a cidadania só se confirma quando absolutamente todos têm garantido o direito essencial à educação, à saúde, ao trabalho digno e remuneração justa, à moradia e, sobretudo, à segurança.
Fonte: Jornal O Estado MS