quinta-feira, 28 de abril de 2011

Sexta-feira, 19 maio de 2006 - Uma questão de honra

João Mellão Neto


Uma salva de tiros, um toque de clarim, e o esquife desceu à terra. Estava lacrado, indicando que aquele corpo fora severamente mutilado. Era toda uma vida que se interrompia, barbaramente, naquele instante. A pungente cena se repetiria dezenas de vezes por toda a cidade. Aquele Dia das Mães jamais será olvidado. Foi o dia em que numerosas mães, atônitas, perplexas, desconsoladas, se despediram para sempre dos seus filhos.

A autoridade presente, o representante da Secretaria da Segurança Pública, mal conseguia esconder a sua comoção e o seu constrangimento. O que dizer àquelas famílias? Àquelas mães, àquelas esposas ainda jovens, rodeadas por seus filhos crianças, agora órfãos, na vã expectativa de minorar o seu sofrimento? Reiterar-lhes que aquele que partia fora um herói? Que sacrificara a própria vida por um grande ideal? Não. Ele sabia de antemão que a dor maior não se exprime em palavras. Pouco ou nada falou. Abraçou apertadamente todos os familiares da vítima e, com os olhos marejados, retirou-se do local. Ainda haveria, naquele dia, de repetir o seu gesto muitas vezes mais. Mais uma salva de tiros, mais um toque de clarim, e assim, naquele domingo, em vários campos santos diferentes, ele se faria presente, homenageando os mártires daquele que seria marcado para sempre como o "dia da infâmia".

Policiais, eu não me canso de dizer, não são cidadãos comuns. Nós, os paisanos, não arriscamos nossa vida em troca de medalhas ou apenas de mero reconhecimento. Somente os heróis o fazem, e muitos, ao tombarem, nem sequer levam consigo a láurea do seu mérito. São os mártires, anônimos, da eterna e incessante luta do bem contra o mal. Vivos, são vistos por muitos com antipatia. Quando morrem - quase sempre ainda jovens -, são logo esquecidos. Bastam-lhes o clarim, a carga de espoleta e a honra de ter o seu ataúde coberto pela bandeira da corporação.

Quando criança eu sonhava ser policial. Mas logo oportunidades mais tentadoras foram surgindo em minha vida. Quando me deparo, nas ruas, com agentes da lei fardados, logo me ocorre o pensamento: são aquelas crianças que não abandonaram o sonho. Eles são tudo aquilo que sonhei na minha infância e que, adulto, não me aventurei a ser. São altivos, altaneiros e carregam na farda o seu orgulho de ser. O senso de missão, a coragem, o dever e, sobretudo, a honra são valores que lhes são incutidos, profundamente, desde o primeiro dia de treinamento.

Honra. Nós, civis, há muito já nos esquecemos do verdadeiro sentido dessa palavra. E, no entanto, para os policiais, é nela que se traduz todo o seu sentido de vida.

É desnecessário relatar aqui todos os covardes episódios que marcaram o fim de semana em São Paulo. Importante, isso sim, é registrar que, apesar de tudo, as nossas polícias - a Militar e a Civil - em momento algum se acovardaram.

"Multiplicando por mil e um os cento e trinta de 31", reza o hino da Polícia Militar, fazendo alusão aos seus primeiros soldados. Pois os PMs fizeram jus à canção. Desdobraram-se, multiplicaram-se e, após dois dias de enfrentamento, lograram virar a batalha. Causaram severas baixas ao inimigo e trouxeram a paz novamente a São Paulo.

Segundo pesquisas, os cidadãos comuns, como sempre, não reconheceram o hercúleo trabalho de nossas polícias. Infelizmente, só quem acompanhou de perto a evolução dos acontecimentos pode aquilatar a grandeza do que ocorreu.

Muitos não entenderam por que o governo do Estado recusou de pronto o auxílio federal. São aqueles que desconhecem o poderio e os brios da Polícia Militar de São Paulo. Com 94 mil homens, ela é, de longe, o maior, o melhor e o mais aparelhado aparato de segurança pública do Brasil. O mesmo ocorre com a Polícia Civil. A presença, em São Paulo, da Força Nacional de Segurança, com apenas 4 mil soldados, além de inócua, seria extremamente nociva ao moral das nossas tropas. A PM de São Paulo é orgulhosa. Seria uma humilhação pedir socorro a quem quer que seja. Após um primeiro dia de perplexidade, as forças policiais, civis e militares, se arregimentaram, se articularam e partiram coesas para a contra-ofensiva. Nada de medo, receio ou covardia. Jamais se viu a polícia agir com tamanha garra, tenacidade e determinação. Exemplo disso foi a atitude dos soldados da Rota que, na noite de domingo, se recusaram a render guarda para o turno seguinte. Apesar de extenuados, eles pretendiam cumprir mais 12 horas de rondas, "até que o último bandido fosse enfrentado".

Ao "dia da infâmia" se seguiu uma das mais ferozes batalhas que as forças policiais de São Paulo já empreenderam.

Honra. Esta é a palavra-chave para compreender a dimensão do que ocorreu. A honra da PM e da Polícia Civil foi atingida. E cada oficial, cada soldado, cada agente, todos se sentiram igualmente feridos em seus brios. Urgia resgatar a autoridade da instituição. E todos se esforçaram além de seus limites físicos para recobrá-la

Lei e ordem, para alguns, não passam de um binômio reacionário. Não é verdade. É justamente sobre esses dois alicerces que se lastreiam todas as sociedades que se pretendem civilizadas. Não há democracia que sobreviva sem o império da lei. Não há progresso que se sustente sem a imposição da ordem.

A lei e a ordem foram restauradas. E, assim, mais uma página heróica foi escrita no começo desta semana.

Parabéns, policiais, vocês cumpriram o seu dever!

Para descrever o momento não há palavras mais pungentes do que as de Abraham Lincoln, no ainda fumegante campo de batalha de Gettysburg: "(...) Que todos nós aqui presentes solenemente admitamos que esses bravos homens não morreram em vão; que esta nação, com a graça de Deus, venha a gerar uma nova liberdade; e que o governo do povo, pelo povo e para o povo jamais desaparecerá da face da Terra."

Deus os abençoe...

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Comandante-Geral da PMMS é reeleito vice-presidente do Conselho Nacional de Comandantes Gerais


Campo Grande (MS) – O Comandante Geral da Polícia Militar, coronel Carlos Alberto David dos Santos, por unanimidade foi reconduzido ao cargo de vice-presidente do Conselho Nacional de Comandantes-Gerais (CNCG), órgão responsável pela determinação das diretrizes das polícias militares e bombeiros do Brasil e por representar as instituições nas discussões sobre segurança pública.

A eleição aconteceu nesta manhã (26) em São Paulo, onde o coronel David foi reconduzido à vice-presidência e o coronel Álvaro Camilo, comandante-geral da Polícia Militar do Estado de São Paulo à Presidência, ambos por unanimidade.

“Em conversa com vários outros comandantes, resolvi colocar meu nome novamente a disposição do CNCG, disputando a vice-presidência e para minha surpresa fui reeleito por unanimidade. Aceito novamente este desafio porque sei da importância da organização de nossas entidades para a construção de uma segurança pública cada vez mais efetiva, além de seu uma função de destaque no cenário nacional, o que, certamente, nos fortalece aqui no Mato Grosso do Sul, pois fica com isso demonstrado o reconhecimento por parte das outras co-irmãs do nosso trabalho”, avaliou o coronel David.    

Em abril de 2010, o coronel David a pedido de alguns comandantes-gerais colocou pela primeira vez seu nome para concorrer a presidência do CNCG, e numa disputa bastante acirrada compôs a presidência ao lado do coronel Camilo da PMESP. “O resultado da eleição deste ano mostra que estamos no caminho certo e que soubemos conduzir o CNCG de acordo com as expectativas das outras polícias militares e bombeiros do Brasil. Continuarei a disposição deste colegiado porque acredito neste trabalho”conclui.

Cachorro contra Robô

segunda-feira, 25 de abril de 2011

GUZZI






FARÓIS DE XENON


Para os carros que não saem de fábrica com os faróis de Xenon, a instalação deste dispositivo é permitida desde que obedecendo algumas definições.

É obrigatório o uso de algum sistema que regule o farol em desníveis, fazendo que a luz fique focada na pista e não tenha distorções, resumindo, tem que colocar uma “mola” pra que se passar em um buraco a luz não pegue nos olhos de outros motoristas.
Além deste regulador, vai ser preciso colocar os adaptadores de lavagem de farol, lembra aquelas BMW que vinham antigamente com “limpa-farol”, é, o uso “daquela coisa” vai ser obrigatório e vai servir também para tirar toda a beleza do seu veiculo.
Se desrespeitar a norma a multa vai ser de R$127 com retenção do veiculo, além de ser considerada infração grave.
Vale lembrar ainda que toda alteração das características originais do veículo só pode ser feita com a autorização do DETRAN.