terça-feira, 27 de setembro de 2011

Casal de assaltantes morto por PM estava foragido da justiça


O casal de ladrões morto por um policial militar durante um assalto na noite de ontem (26), em Campo Grande, estava foragido da justiça.
De acordo com a polícia, contra Celso Abdias da Cunha Santos, 33 anos, havia seis mandados de prisão em aberto. Já a companheira dele, Katiuscia dos Santos, de 22 anos, estava foragida do regime semiaberto.
A polícia ainda não conseguiu identificar o comparsa do casal no crime. Ele conseguiu fugir.
Os ladrões foram mortos durante o assalto à casa da namorada do policial.
Armados, os criminosos chegaram a render três amigas da dona da casa que estavam conversando dentro de um carro, na rua. Eles fizeram uma adolescente de 13 anos chamar a dona da casa, pois queriam levar também os carros que estavam na residência.
Todos foram obrigados a deitar no chão, inclusive o policial. Quando estavam deitados, o PM conseguiu reagir e atirar. A assaltante foi morta dentro de casa. Outro caiu morto na rua. E o terceiro ficou ferido, mas fugiu.
Fonte: http://www.campograndenews.com.br/cidades/capital/casal-de-assaltantes-morto-por-pm-estava-foragido-da-justica

As 10 mais gatas da história do rock


No clima do Rock in Rio, uma galeria com as estrelas do rock que deixam a plateia de queixo caído – não só pela música




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segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Tem início o CURSO DE MOTOCICLISTA MILITAR E BATEDOR realizado pela CIPTRAN










Operação Ágata, por Heitor Freire


Nós estamos vivendo tempos de guerrilha urbana nos grandes centros do nosso país. O crime dito “organizado” e que é organizado mesmo está dando de dez a zero em nossas autoridades.
Os mais elementares códigos de estratégias militares ensinam claramente que as operações devem ser muito bem estudadas, preparadas, treinadas e basicamente não serem divulgadas, que sejam secretas. Elas não podem ser divulgadas sob pena de passar para os inimigos toda a inteligência que foi preparada para enfrentá-los.
Quando foi anunciada a Operação Ágata, que envolve nada menos do que o Exército, a Marinha, a Aeronáutica, a Policia Federal, a Polícia Rodoviária Federal, a Polícia Militar, com a participação da Agência Brasileira de Inteligência, Abin, o Ibama e a Secretaria Estadual de Justiça, a Receita Federal e a Força Nacional de Segurança, o general Valério Stunff Trindade, com a presença dos representantes das forças acima mencionadas, detalhou para a imprensa todo o plano, quais equipamentos serão utilizados, quantos homens do exército, quantos da marinha, quantos da aeronáutica, ou seja, entregou todo o ouro aos bandidos.
Eu não consigo entender o que motiva as nossas autoridades a divulgar tudo o que se está preparando para enfrentar o crime organizado.
Só para efeito de comparação imaginem o que aconteceria com as forças aliadas no desembarque na Normandia na Segunda Guerra Mundial se o general Eisenhower, comandante supremo das forças aliadas, resolvesse dar uma coletiva informando e detalhando toda a operação que seria deflagrada.
Morreriam todos na praia. Essa operação denominada Operação Overlord, envolveu inicialmente, 155 mil homens que desembarcaram nas praias da Normandia, debaixo do maior quieto. Os homens souberam entender a importância de manter em segredo toda a movimentação para que a operação fosse coroada de êxito.
Estratégia deriva do grego strategía: que é a arte militar de planejar e executar movimentos e operações de tropas. A estratégia era vista como a arte do general. A estratégia militar lida com o planejamento e a condução de campanhas, o movimento e a divisão de forças, e a burla do inimigo. O que não se está cumprindo nesta operação.
A Arte da Guerra de Sun Tzu, entre outros temas, trata da formação, uma das questões mais importantes da estratégia e do combate. Numa postura caracteristicamente taoísta, Sun Tzu declara que o segredo para a vitória são a adaptabilidade e a inescrutabilidade. Como o comentador Du Mu explica: "A condição interior do informe é inescrutável, enquanto que a daqueles que adotaram uma forma específica é claramente manifesta.
O inescrutável vence, o manifesto perde." Neste contexto, a inescrutabilidade não é meramente passiva, não significa apenas afastar-se ou esconder-se dos outros; significa, sim, a percepção do que é invisível aos olhos dos outros e a reação a possibilidades ainda não percebidas por aqueles que só observam o manifesto. Discernindo oportunidades antes que sejam visíveis aos outros e agindo com rapidez, o misterioso guerreiro pode tomar conta da situação antes que as coisas se escoem por entre os dedos.
O rei Salomão, há 2.900 anos, com muita sabedoria ensinou no Livro dos Provérbios, capítulo 1, versículo 17: “Não adianta armar o alçapão, quando o passarinho está olhando”.
Naturalmente uma operação dessa natureza, como a Operação Ágata, com a finalidade de combater e vencer o crime organizado, é muito bem vinda. É necessária e útil. Mas com o estardalhaço da sua divulgação, vejo que todo o seu objetivo pode ficar comprometido, o que se confirma pelo resultado pífio da operação até agora. Espero que nas próximas operações as nossas autoridades ajam da forma preconizada pelos manuais e orientações específicas da matéria.
O combate ao crime é uma prioridade absoluta. Não se pode permanecer mais de braços cruzados ante tanta ousadia dos bandidos. O princípio da estratégia militar é manter segredo até que seja tarde para o oponente reagir. O segredo é uma informação valiosa, que se for tornada pública, pode comprometer o sucesso da operação. O elemento surpresa é fundamental.
Podemos citar como exemplo as operações da Polícia Federal, que só são anunciadas depois de tomar todas as providências: quando os bandidos acordam já estão algemados.
Proponho que, de agora em diante, seja esse o procedimento adotado, para o sucesso dessas operações.
(*) Heitor Freire é corretor de imóveis e advogado.

E se a polícia dormir?

Mais uma vez me deparo com um artigo que usa parte da matemática para comprovar que a polícia brasileira é assassina por natureza, seja por sua inabilidade no trato com a violência ou pela herança do regime militar. Neste caso, a estatística é uma excelente ferramenta para provar o que se quer dizer, seja lá o que for, especialmente quando os números surgem num país que não apresenta um sistema de dados completo e integrado, e aquele que existe é difícil de mapear, conforme relata o próprio artigo.


“Mais do mesmo!”, pensei, ao ler o artigo denominado “Polícia mata uma pessoa no Brasil a cada cinco horas”, publicado no site da FENAPEF em 25/07/2011, e que parece demonizar a atividade policial brasileira. A mesma polícia a quem todos recorrem quando são vitimados pelo crime e pela violência. A mesma polícia que é obrigada a mediar conflitos quando cada uma das partes acha que tem plena razão. A mesma polícia que procura, apesar dos contratempos, do estigma e do desânimo, zelar pela segurança alheia e pela democracia.
A ideia de que a polícia mata uma pessoa a cada cinco horas, perfazendo 141 homicídios por mês ou 1.693 assassinatos ao ano, segundo o texto, dá a entender que a polícia brasileira é uma máquina maquiavelicamente criada e cronometrada para matar quem quer que esteja em seu caminho na hora fatídica. Os termos “pessoa morta”, “assassinatos”, “violência”, “mortes”, “acobertar”, “execuções”, “ocultando o cadáver” e “letalidade” usados no texto sugerem que a polícia talvez seja a única e verdadeira culpada pelos problemas de violência no país.
Infelizmente, a estatística e o cruzamento dos dados do Ministério da Saúde e das ocorrências policiais que fundamentaram o texto não foram capazes de clarificar quantas mortes foram provocadas em confrontos armados reais; quantos dos mortos eram criminosos que reagiram à ação policial; quantos tinham antecedentes criminais, quais ocorrências podiam ser solucionadas sem o uso da força letal e quais os resultados nefastos a atividade criminosa produziria se não fosse a intervenção policial.
Da forma como os dados foram apresentados, parece que a polícia matou apenas pessoas inocentes. Essa ideia é corroborada pela frase "Pelo menos 1.791 pessoas já perderam a vida pelas mãos dos homens fardados." Mas quem são estas 1.791 pessoas? São criminosos ou são inocentes? A estatística não diz e o artigo também não.
Apesar de serem pessoas, os criminosos que reagem à ação policial assumem o risco de matar, serem presas, feridas ou morrer. Mas porque algumas pessoas pensam que é sempre o policial quem tem que perder o confronto? Porque o policial jurou sacrificar a própria vida em benefício do próximo? Conversa mole! A polícia tem que vencer! Seja nas investigações, seja nas buscas, nas prisões ou nos confrontos armados legítimos, a polícia tem que vencer. Obviamente, essa ideia não condiz com a realidade, pois os criminosos também querem vencer, mesmo que tenham que matar inocentes, policiais, homens, mulheres, idosos, jovens, crianças, bebês, pais, mães, filhos, etc. A estatística não informa quantas pessoas foram mortas pelas mãos dos homens encapuzados. Do mesmo modo, o artigo. Também não diz quantos policiais foram mortos ou feridos durante o trabalho e nas horas de folga.

O artigo trás um dado mais que conhecido: "70% dos mortos são jovens de 15 a 29 anos." Para quem assiste os noticiários da TV não é novidade ver crianças de 13 anos fumando maconha, furtando badulaques ou roubando carros. Portanto, à medida que envelhece e adquire experiência, o jovem criminoso se qualifica para ações mais violentas e ousadas. Portanto, confrontar a polícia faz parte da dinâmica do jovem delinquente, assim como confrontar as leis e a sociedade. O bandido até poderia morrer de velhice se não fosse o risco da profissão, dos acertos de contas entre desafetos, e a intervenção da polícia na tentativa de realizar sua prisão para levá-lo à justiça. Além disso, todo policial sabe que a terceira idade de todo criminoso começa aos 35 anos. E a estatística também não traça o perfil da vítima; nem o artigo.

Assim, a morte desses jovens não pode ser creditada inteiramente à polícia, visto que o próprio Ministério da Saúde informa que “Na faixa etária de 15 a 19 anos, as agressões (homicídios) caracterizam-se como a principal causa de morte, superando todas as outras formas de morte violenta e todas as enfermidades, gerando, em 2001, um total de 9.908 óbitos (7.041 entre os homens e 590 entre as mulheres). Nesta faixa etária, o risco de morte dos homens foi 11,8 vezes o risco das mulheres.” (Ministério da Saúde, 2004).

Mas ainda ficam algumas dúvidas: quem eram esses jovens? Com quem eles se relacionavam? Onde eles moravam? Onde eles estavam no momento do crime? Como foram as circunstâncias das mortes? Quando e em que horário eles foram mortos? Para responder essas perguntas, recorro, novamente, aos noticiários da TV e dos jornais locais. Creio, inclusive, que você também já tenha traçado um perfil da maioria das vítimas. Então, imagino que eram jovens do sexo masculino, sem ocupação fixa, integrantes de famílias de baixa renda, moradores de locais reconhecidamente violentos, que mantinham relações com criminosos locais ou eram parceiros destes delinquentes, que deviam dinheiro ou eram desafetos destes, que foram assassinados perto de casa durante o período noturno. É possível que neste universo haja vítimas inocentes de maus policiais? Claro que sim! Mas não é a maioria. E qual o perfil dos algozes destes jovens? É o mesmo perfil de grande parte das vítimas. Por isso, você já deve saber que as vítimas de amanhã serão os criminosos de hoje. Isso é pura lógica.

Na sequência, o texto publica uma opinião de que a polícia oculta cadáveres ou elabora autos de resistência para dissimular as execuções que pratica. Isso pode ser verdade? Claro que pode! No entanto, mais uma vez, a estatística e o artigo não informam quais óbitos resultaram de confrontos legítimos e quais foram forjados. Na vala comum dos dados, o texto insinua que as mortes ocorreram em circunstâncias ilegais. O texto só não diz que o Auto de Resistência é uma demanda do artigo 292 do Código de Processo Penal.

Contudo, talvez haja alguma explicação para a suposta letalidade da polícia brasileira. Listarei algumas:

1) Já que os criminosos não querem ser presos e nem respeitam a autoridade, eles reagem com mais frequência forçando a polícia a escalar o nível de força;
2) Criminosos morrem em maior quantidade porque são mal preparados nas técnicas de tiro;
3) Os criminosos morrem em maior número porque a polícia não está tão mal preparada;
4) Os criminosos morrem mais porque existem aproximadamente 700.000 policiais civis, federais, rodoviários federais, militares e guardas civis no Brasil trabalhando contra o crime e a violência diariamente. Então, 1.693 óbitos anuais representariam 0,24% do possível potencial de letalidade desta força de segurança. Além disso, levaria 413 anos para que a força policial alcançasse 100% deste potencial, considerando que cada policial precisasse usar a força letal ao menos uma vez durante a carreira. Mesmo considerando apenas o efetivo das polícias militares e civis, o potencial de letalidade ainda seria pequeno.

Mas, afinal, a polícia brasileira mata mais ou prende mais? Considerando os dados do Ministério da Justiça referentes à população carcerária no Brasil em 2010 (496.251 presos), pode-se afirmar que a polícia prende mais, pois 496.251 presos para 700.000 policiais representam 70,89% do potencial de trabalho sem violência da força policial, considerando que durante um ano cada criminoso tenha sido preso por apenas um policial. E não é só isso! A cada ano a população carcerária aumenta numa proporção maior que os óbitos provocados pela polícia. Só para você ter uma noção, de 2000 (232.755 presos) a 2010, a população nas unidades prisionais cresceu 113,20%. Além disso, outro relatório do Ministério da Justiça informa que as polícias militares e civis brasileiras prenderam 4.838.345 criminosos em virtude de delitos em flagrante, mandados de prisão e recaptura em 2007. O número de presos, eu repito, foi de 4.838.345. E você sabe quanto representa a morte de 1.693 pessoas (supostamente atribuídas aos policiais brasileiros) em relação ao total de presos? 0,03%.

Alguém ainda pode afirmar que é inadmissível a morte de uma pessoa sequer. Concordo! Entretanto, também é inaceitável a morte de um policial ou de cidadão inocente, do mesmo modo como é inaceitável que alguém morra no trânsito, na maca de um hospital ou durante o trabalho. Infelizmente, é como tudo acontece.

Outro número que você não encontra no artigo é das 2.022.896 ocorrências registradas pelas polícias civis referentes aos crimes perpetrados pelos delinquentes brasileiros no ano de 2005, conforme dados do Ministério da Justiça. E ainda existem os casos não registrados.

Antes de finalizar, é importante relembrar o que já disse no artigo “Por que policiais portam armas?”: “... é necessário um equilíbrio delicado entre a autoconfiança na capacidade de usar a força letal, se for preciso, e o desejo desenfreado de QUERER usar esta força. Este equilíbrio deve alcançar os novos alunos das academias de polícia quando treinados no uso da força letal, pois a polícia precisa de profissionais capazes de atirar sem hesitação, mas que preferem que isso nunca aconteça, tanto quando deve atingir aquelas pessoas que querem matar e vivem para ver este dia chegar. É preciso se LIVRAR deste tipo de pessoa também.”

Agora, e se ao invés de trabalhar em prol do país, o policial decidir correr menos riscos e tirar uma soneca? Bem! Talvez você leia outro artigo informando o crescente número de furtos, roubos, extorsões, roubos seguidos de mortes, sequestros, estupros, homicídios dolosos, tráfico de entorpecentes, maus-tratos, dano, estelionato, fraudes, receptação, etc.
 
Fontes:
http://www.fenapef.org.br/fenapef/noticia/index/34234
http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/saude_brasil_2004.pdf
http://portal.mj.gov.br/data/Pages/MJD574E9CEITEMIDC37B2AE94C6840068B1624D28407509CPTBRIE.htm
http://portal.mj.gov.br/data/Pages/MJCF2BAE97ITEMIDD6879A43EA3B4F1691D2CAFD1C9DDB19PTBRIE.htm
http://portal.mj.gov.br/data/Pages/MJCF2BAE97ITEMIDDBAD310EDF8442E2A21D7EF680172592PTBRIE.htm
Humberto Wendling é Agente de Polícia Federal e Professor de Armamento e Tiro lotado na Delegacia de Polícia Federal em Uberlândia/MG.
E-mail: humberto.wendling@ig.com.br
Blog: www.comunidadepolicial.blogspot.com