terça-feira, 22 de maio de 2012

CHEVROLET OPALA 3800


A SUSPENSÃO MACIA E O BOM DESEMPENHO APAIXONARAM MUITA GENTE NOS ANOS 70


"Quem esperava o carro certo, te saúda e te ama e te louva, Chevrolet Opala". Com essas palavras a GM anunciava nas revistas a chegada do seu primeiro automóvel brasileiro, lançado no Salão do Automóvel no final de 1968. Exagero? Vejamos: foram produzidos 1 milhão de Opala até 1992. Não é pouco. E a prova do seu carisma é o fato de ele ter se mantido basicamente o mesmo ao longo do tempo. Tudo bem, foram incorporados aperfeiçoamentos mecánicos, como freios a disco na frente, direção hidráulica e aumento de potência do motor de seis cilindros, que passou de 3.8 litros para 4.1 litros, mais conhecidos por três e oitocentos e quatro e cem ñ que deu origem anos depois ao potente 250S. Claro que a estética não foi esquecida: foram muitas mudanças, mas sempre cosméticas, a começar pelo teto de vinil - revestimento plástico de textura enrugada que cobria a capota, já disponível como opcional em 1970. 

Andamos no Opala 3 800 De Luxo, modelo 1969, cor azul, um legítimo azul-calcinha, com o interior - incluindo o banco dianteiro único - da mesma cor.
Com seu motor de seis cilindros em linha e 125 cavalos, era o irmão mais esperto do comportado 2 500, de quatro cilindros. Em marcha lenta, ouve-se o som das válvulas trabalhando. Quando se acelera mais fundo, o motorzão reage e inclina-se para a direita, levando junto o carro. Essa sensação é um dos prazeres que o carro proporciona, dizem os opaleiros. As trocas de marcha - três para a frente - pedem doses iguais de força e gentileza: o acionamento é duro e é preciso jeito para diminuir o "cloc!" na alavanca durante a passagem das marchas. Em compensação, troca-se pouco de marcha e a força do motor permite que se saia em segunda sem esforço. A direção, apesar de não ser hidráulica, é razoavelmente leve. E a suspensão, macia e silenciosa, garante um rodar suave.
Diz a lenda que, por ter muito motor e uma traseira muito leve, era recomendável andar com lastro no porta-malas para que o carro não saísse de traseira. O teste realizado por QUATRO RODAS no lançamento não confirma o folclore:"O Opala sai de frente nas curvas, apresentando ligeira hostilidade ao entrar nelas", afirmava o texto de Expedito Marazzi, que chegou a cravar 170 km/h de velocidade real. Mito ou realidade, pouco importa. A verdade é que Opalão fez parte da vida de muita gente. E poucos resistem a comentar alguma lembrança simpática diante dele.

Eta anúncio profético!

quinta-feira, 17 de maio de 2012

Veja como acabar com o mau odor das axilas

Brammo Empulse: esportividade sem ruído



Se quando você pensa em motos elétricas o que vem à mente são os carrinhos de golf ou aqueles que carregam as macas nos campos de futebol, reveja seus conceitos. Apresentada no Salão de Milão em 2010, a Brammo Empulse é uma naked cuja missão é mostrar que motocicletas elétricas podem sim ser sinônimo de esportividade mesmo sem o ronco do motor.

Prevista para chegar ao mercado no ano passado, o modelo ficou na gaveta até agora. Mais precisamente até esta semana, quando as versões de produção da Empulse e da Empulse R foram oficialmente lançadas no último dia 08 de maio em Los Angeles.

Entretanto, o tempo na geladeira serviu para amadurecer o projeto e rendeu algumas alterações sutis. A rabeta, por exemplo, perdeu as tomadas de ar do conceito e passou a ser composta exclusivamente pelo banco e alças da garupa. O paralama traseiro deixou de lado as linhas sofisticadas da versão anterior e adotou um formato mais convencional.

A ergonomia também mudou em relação à moto apresentada em Milão há quase dois anos. Enquanto a primeira versão trazia guidão curto e curvado para baixo, semelhante ao das cafe-racers, que foram trocados no produto final para uma barra um pouco mais alta e confortável, condizente com outros modelos do segmento.

Igual, mas diferente

Em uma primeira olhada, a naked elétrica consegue enganar. É preciso observar com um pouco mais de atenção para perceber que a estrutura que está abaixo do falso tanque de gasolina não é o motor, mas sim, o complexo de baterias de Íon-Lítio que a alimentam. Com capacidade para 10,2 kWh, a moto tem autonomia para rodar quase 200 quilômetros dentro do perímetro urbano ou 90 na estrada em velocidade máxima. Mas depois disso serão necessárias oito horas até que esteja totalmente carregada.

A linha Empulse está equipada com um motor de corrente alternada (AC) de Magneto Permanente, cujo grande trunfo em relação às outras motocicletas elétricas é a refrigeração líquida e o câmbio de seis marchas. O propulsor de 40kW produz potência máxima equivalente a 54 cv a 8.200 rpm e torque máximo de 6,4 kgf.m e, pelo que afirma a fabricante, é capaz de atingir 160 km/h de velocidade final.

Para ficar ainda mais parecida com uma moto convencional, a Empulse conta ainda com dois sistemas de mapeamento do motor. O modo normal, que limita a aceleração para otimizar a autonomia da bateria e o modo sport, que deixa de lado esta preocupação e permite que o piloto extraia toda a potência do propulsor silencioso.

Corpo italiano

Embora a Brammo seja sediada no Estado norte-americano do Oregon, o chassi das duas versões da Empulse é feito na Itália. Assim como o subquadro e a balança, que conta com ajuste a gás na suspensão. Já o garfo dianteiro traz suspensão invertida “upside-down” como qualquer moto esportiva que se preze. Todo o conjunto pesa 200 kg a seco.

Mesmo não apresentando altos níveis de potência, a naked conta com freios de respeito. São dois discos flutuantes de 310 mm de diâmetro e pinças radiais de quatro pistões na roda dianteira, enquanto a traseira está equipada com disco único e pinça de pistão duplo. Ambas as pinças são feitas pela Brembo.

Além da chancela grife italiana, os freios são regenerativos. Isto é, parte da força cinética da frenagem é acumulada e revertida para a bateria, o que melhora a autonomia da moto. O sistema, também utilizado nos carros elétricos, já foi, inclusive, instalado nos carros de Fórmula 1 durante a temporada 2010, quando ficou conhecido pelo nome KERS (Kinetic Energy Recovery System).

Não tão “R” assim

Quando foi anunciada que a Empulse teria uma versão “R” na nomenclatura, imaginou-se que seriam duas motos completamente diferentes. O palpite mais arriscado foi que a moto seria uma réplica da Empulse RR, superesportiva com carenagem integral que já competiu no TTXGP, competição exclusiva para motocicletas elétricas paralela ao Tourist Trophy da Ilha de Man.

Todavia, a realidade não poderia ser mais distante. As duas motos partilham as mesmas especificações técnicas e diferem apenas na suspensão, que na versão R são totalmente ajustáveis e têm bengalas pintadas na cor dourada. O preço também é diferente. A Empulse já está em pré-venda nos EUA pelo preço sugerido de US$ 16.995, enquanto a Empulse R pode ser encomendada por US$ 18.995.

Com preço relativamente superior do que as outras motos de mesmo segmento – para se ter uma idéia a Honda CB 1000R parte de US$ 11.760 – a Brammo pensa a longo prazo. Para a marca, o custo elevado da linha Empulse será revertido para o proprietário na bomba de gasolina, ou melhor dizendo, ao não passar por ela. Mas, será esse o futuro do motociclismo?

FONTE: http://msnmotos.icarros.com.br/noticias/noticia.jsp?id=11941